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Incêndio no Edifício Joelma

O incêndio no Edifício Joelma ocorreu em 1º de fevereiro de 1974 aproximadamente as 08:50 deixando muitas vitimas, 179 mortes e 300 feridos. O presidente do Instituto de Engenharia, Jan Arpad, convocou alguns engenheiros das Divisões Técnicas para fazer um levantamento. Entre eles estava o então diretor da Divisão de Construção Civil, o engº Samuel Belk, juntamente com Arpad, José Carlos Pellegrino, Theodoro Russo, José Nogueira e Adriano Fidalgo dos Reis. Após a inspeção eles se reuniram e imediatamente deram início à elaboração de um laudo, que depois de concluído, foi divulgado por todos os jornais da época. “Chegamos à conclusão de que o prédio foi muito mal cuidado pelos usuários. Para se ter uma ideia, encontrou-se aparelhos de ar condicionado bem como outros aparelhos ligados por fiação aparente correndo nos rodapés de madeira, fixada por pregos. Além disso, as normas de segurança se encontravam totalmente desatualizadas em relação às normas internacionais”, relata Belk.


A origem do incêndio se deu pelo aparelho de ar condicionado no 12º andar onde o fogo se alastrou até o vigésimo quinto. Os dez primeiros andares – ocupados por estacionamento –, além do 11º andar, não foram atingidos pelo fogo. E foi exatamente o 11º andar que serviu de paradigma para a análise da comissão nomeada pelo Instituto de Engenharia. “No 11º andar havia aparelhos de ar condicionado do lado de fora, na parte de cima das janelas. As cortinas eram todas de náilon, algumas encostadas no ar condicionado. Para alimentar o aparelho, que ficava lá fora, os usuários puxavam a fiação através de um furo na janela – por onde o fio passava para o outro lado. Com o efeito do tempo e do vento o fio acabava descascando e ficando exposto. Por isso deu curto e o fogo começou. Esta foi a causa principal: o aparelho de ar condicionado”


Quanto ao sistema contra incêndio existente, havia somente uma escada comum (não de segurança, que tem paredes resistentes ao fogo e ventilação para evitar gases tóxicos). Não havia sistema de alarme manual ou automático de forma que fosse rapidamente detectado, dado o alarme e desencadeadas as providências de abandono da população, acionamento de brigada interna, acionamento do Corpo de Bombeiros e outras mais. Não havia qualquer sinalização para abandono e controle de pânico. Apesar da estrutura do prédio ser incombustível, todo o material de compartimentação e acabamento não eram e não havia qualquer controle de carga-incêndio, por isso rapidamente o incêndio se propagou e fugiu do controle.




Fontes:

http://www.bombeirosemergencia.com.br/incendiojoelma.html

http://www.brasilengenharia.com.br/ed/597/Memoria_597.pdf

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